‘Ninguém queria me namorar’, relembra Taís Araújo sobre preconceito na adolescência

A atriz Taís Araújo, ao lado do marido Lázaro Ramos, encerrou nesta terça-feira (2) a segunda temporada do seriado "Mister Brau". Sucesso de público e crítica, a série abordou temas contemporâneos, como racismo e diferença de classes sociais, mas com muito humor. Para o Gshow, a artista contou que comemorou a prisão de seus agressores após sofrer injúria racial na internet e relembrou sua época de escola. "Estudei a vida inteira em um lugar no qual a maioria das pessoas era branca, mas a equipe da escola era muito hábil, trabalhou a minha autoestima. Só que eu era aquela que não namorava ninguém no colégio, nem no condomínio. Para dar meu primeiro beijo, tive que ir à Bahia. Eu até trabalhava como modelo, era considerada bonita, mas ninguém queria me namorar. Ou não tinha coragem. Sofria, né? Eu gostava dos garotos, eles que não gostavam de mim", desabafou. Em seguida, relatou que busca inspirar, cada vez mais, mulheres negras. "É bom você pegar essa bagagem para entender o país em que vive e de que forma vai lidar com essa situação. Não dá para ficar na ingenuidade, achando que esse tipo de coisa não existe. Nós, negros, passamos a vida ouvindo 'sua cor não é legal', 'seu cabelo não é legal', 'seu nariz não é legal'... De repente, a gente conquistou um 'gostar da gente' que está ganhando força a cada dia. Não é à toa que vemos tantas blogueiras negras dando força para meninas fazerem transição capilar, falando que isso é importante, um resgate", pontua. Por fim, afirma que quebrar o padrão é uma coisa difícil, inclusive dentro da sua família. "Minha mãe olha para mim e fala: 'Ai, esse cabelo bagunçado'. Sou a única que tem o cabelo crespo em casa. No que eu puder contribuir, eu faço. Fortalecer identidade é um prazer meu", reafirma. BN

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