Transplante de fezes pode ser uma alternativa no combate à anorexia


A anorexia é a doença que apresenta a maior taxa de letalidade entre os distúrbios mentais. Uma a cada 17 pessoas morre por causa da doença e, mesmo com tratamento, apenas um terço dos pacientes se recuperam completamente. As estatísticas desfavoráveis justificam uma tentativa drástica de intervenção. A ideia agora é recrutar voluntários e trata-los com fezes de outras pessoas. Um estudo clínico da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill acaba de fazer a proposta e obteve a autorização da FDA (agência regulatória americana) para recrutar pacientes. O anuncio foi feito no sábado (23) pelo coordenador do estudo, Ian Carrol, no congresso anual da Associação Americana de Diabetes, que é sediada em Orlando.

A proposta da pesquisa é que, assim como existe uma associação entre os micróbios que habitam o organismo humano (conhecida como microbiota) com a reação autoimunológica que destrói as células produtoras de insulina, causando diabetes tipo 1. Para os casos de anorexia, esses micro-organismos podem roubar energia em excesso dos alimentos, mas também mandar uma mensagem para o cérebro inibindo a fome. Assim, a substituição da microbiota poderia mudar a forma como o organismo reage à doença, aumentando as chances de recuperação dos pacientes.

Os novos micróbios seriam “doados” por pessoas saudáveis, sem condições ligadas à flora intestinal, como diabetes, doenças inflamatórias intestinais e obesidade. “No nosso caso, a pesquisa funciona como a investigação de uma nova droga, e a FDA demorou dois anos para aprovar, o que só aconteceu duas semanas atrás. É um ensaio para mostrar a segurança, e isso é importante, porque existem pessoas fazendo transplante de fezes no estilo ‘faça você mesmo’ e postando no YouTube”, esclarece Carroll. De acordo com a Folha de S. Paulo, a expectativa dos pesquisadores é que as bactérias se multipliquem no novo organismo e substituam as antigas. O que torna o cenário mais provável para o novo estudo, além da garantia de procedência da matéria prima é a urgência de novas terapias para anorexia.

Informações da Folha de S. Paulo

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