13/06/19 - A quebra da tubulação de água da Embasa que abastece as residências do final da Rua Margem Rio do Ouro no bairro do Leader fez com que os moradores fizessem uso de água contaminada com esgoto por meses, é o que afirmam os moradores. Segundo eles, abaixo do local onde o cano teria quebrado passa uma grande manilha de esgoto. Acredita-se que a água que vazou após a quebra descalçou a manilha e esta também quebrou, mas os quebramentos não romperam o calçamento, e ficou sem ser notado por bastante tempo. Com isso, quando a água parava de ser bombeada pela Embasa, o cano era invadido pelo esgoto da manilha, e quando a Embasa voltava a bombear, esta empurrava o esgoto e chegava nas residências contaminada.
Os moradores afirmam há muito tempo que sentiam um cheiro estranho na água e há meses sofriam coceiras no corpo e volta e meia um quadro de diarreia acometia os moradores. Alguns perceberam também que ao lavar os reservatórios percebiam uma lama escura e fedida no fundo dos tanques.
O problema da contaminação só foi detectado de fato por um cidadão que comprou um terreno na rua há alguns meses e começou e ele mesmo a construir sua casa. O cidadão relatou que, como não tinha tanque ainda no terreno, pegava a água direto da rede geral para fazer cimento e percebia que na maioria das vezes a água saia com uma coloração estranha e muito mau cheiro, algumas vezes saia quase preta. Diante da situação ele acionou os técnicos da Embasa que fizeram uma análise das amostras da água e detectaram que ela estava chegando na torneira altamente contaminada. Foi então que o quebramento foi detectado após uma varredura na rede geral da rua.
O problema foi sanado esta semana mas os moradores estão indignados com a situação, pois todos foram expostos a um alto risco de ordem sanitária, pois muitos bebem a água que vem da rede geral, e eles alegam que devido ao alto índice de contaminação, mesmo sendo tratada com filtros ou outros dispositivos pode ter causado diversos problemas de saúde, alguns que talvez nem tenham sido detectados ainda. Os moradores analisam que atitudes devem ser tomadas posteriormente diante do problema.
Fonte: Bahia Acontece