Irã executa dois homens em público por ataque ao santuário de Shiraz

Esta foto de 29 de outubro de 2022 mostra os funerais das vítimas do ataque ao santuário em Shiraz, Irã - Isna news agency/AFP

O Irã enforcou publicamente dois homens neste sábado (8) devido a um ataque no ano passado a um santuário na cidade de Shiraz, no sul do país, que matou 13 pessoas, informou o Mizan Online, o site do Judiciário do país.

Os dois homens foram enforcados de madrugada em uma rua de Shiraz, segundo esta fonte.

O ataque de 26 de outubro de 2022 ao santuário muçulmano xiita de Shah Cheragh matou 13 pessoas e feriu 30, e foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

“A sentença de morte dos perpetradores do ataque terrorista de Shah Cheragh foi realizada em público esta manhã”, disse o Mizan Online.

Segundo a agência de notícias oficial Irna, as execuções ocorreram perto do santuário, um importante local de peregrinação xiita no Irã.

O Mizan Online identificou os dois homens executados como Mohammad Ramez Rashidi e Naeem Hashem Qatali.

O Irã havia dito anteriormente que estrangeiros, incluindo afegãos, estavam envolvidos no ataque, mas as nacionalidades dos homens executados não foram divulgadas imediatamente.

Segundo Mizan, um dos homens executados, Rashidi, confessou ter colaborado com o EI para realizar o ataque.

Em março, um tribunal iraniano condenou os dois homens à morte por “corrupção terrena, rebelião armada e ação contra a segurança nacional”.

Eles também foram considerados culpados de pertencer ao EI e “conspirar contra a segurança do país”.

Diretamente envolvidos no ataque
Kazem Mousavi, chefe da autoridade judiciária da província de Fars, onde fica Shiraz, disse então que eles estiveram diretamente envolvidos no armamento, fornecimento e logística, juntamente com o principal autor do ataque, identificado como Hamed Badakhshan, de aproximadamente 30 anos, que morreu devido aos ferimentos sofridos durante sua prisão.

Três outros réus foram condenados a 5, 15 e 25 anos de prisão por serem membros do EI, acrescentou.

Em novembro, as autoridades disseram que 26 “terroristas takfiri” do Afeganistão, Azerbaijão e Tadjiquistão foram detidos em relação ao ataque.

No Irã, um país de maioria xiita, o termo “takfiri” geralmente se refere a jihadistas ou apoiadores do islamismo sunita radical.

O atentado contra o santuário ocorreu mais de um mês depois que os protestos eclodiram em todo o Irã pela morte de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos, depois que ela foi presa em Teerã por supostamente violar o código de vestimenta imposto às mulheres no país.

Em outubro, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, culpou os “distúrbios” – termo usado pelas autoridades para se referir aos protestos – por abrir caminho para ataques “terroristas”.

O grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por seu primeiro ataque no Irã em 2017, quando homens armados e kamikazes atacaram o prédio do Parlamento de Teerã e o mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica, deixando 17 mortos e dezenas de feridos.

Execuções públicas são relativamente incomuns no Irã, já que quase todos os enforcamentos acontecem nas prisões.

O Irã executa mais pessoas anualmente do que qualquer outro país, exceto a China, de acordo com grupos de direitos humanos, entre eles a Anistia Internacional.
Fonte: Istoé


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