Influenciadora cristã é condenada por culpar terreiros por enchentes no RS: ‘Mais do que a Bahia’

Michele Dias Abreu Crédito: Reprodução



A Justiça de São Paulo condenou a influenciadora digital Michele Dias Abreu a pagar uma indenização de R$ 35 mil por danos morais coletivos. A decisão foi tomada após ela associar as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2023 às religiões de matriz africana. O juiz Glauco Costa Leite, responsável pelo caso, destacou que a liberdade de expressão não é ilimitada e pode resultar em crimes como racismo, calúnia e difamação caso haja abuso. A sentença foi publicada no Diário Oficial.

O processo foi movido pela Associação das Comunidades Tradicionais e de Cultura Popular Brasileira (Acoucai), que solicitou a indenização. No entanto, o pedido de responsabilização das plataformas Facebook e Google foi negado, já que ambas removeram o conteúdo em questão. Durante o processo, Michele, que se declara evangélica, afirmou que sua religião prega a existência de um único Deus e que outras práticas religiosas não conduziriam seus seguidores ao "caminho correto", expondo-os à "ira de Deus". A defesa da influenciadora argumentou que suas declarações estavam dentro dos limites da liberdade religiosa.

Após a repercussão negativa, Michele gravou um novo vídeo se retratando, alegando que suas palavras foram mal interpretadas. A condenação ainda pode ser recorrida.

“O que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Deus está descendo com sua ira total. Eu não sei se vocês sabem, mas o estado do Rio Grande do Sul é um dos estados com o maior número de terreiros de macumba, mais do que a Bahia”, dizia ela no vídeo. Michele insinuou que as pessoas brincam com o sagrado, fazendo com que inocentes sofram as consequências por essas atitudes. “Deus é santo, não há um Deus maior do que ele e aí as pessoas estão abusando disso. Vocês podem ter certeza que Deus não divide a sua honra com ninguém e isso vai ter consequências, está tendo consequências”, completou.

O caso ganhou destaque após a publicação do vídeo em 5 de maio de 2024, quando Michele tinha cerca de 32 mil seguidores. O conteúdo, no entanto, foi amplamente compartilhado e ultrapassou 3 milhões de visualizações. Além dela, um prefeito e um padre também relacionaram a tragédia no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana, reforçando a polêmica.

O Rio Grande do Sul é um dos estados com maior número de terreiros de religiões de matriz africana.

Fonte: Correio 

Atenção: os artigos deste portal não são de nossa autoria e responsabilidade.
Nós não produzimos e nem escrevemos esse artigo qual você esta lendo.

Entenda: nosso site utiliza uma tecnologia de indexação, assim como o 'Google News', incorporando de forma automática as notícias de Jacobina e Região.
Nossa proposta é preservar a história de Jacobina através da preservação dos artigos/relatos/histórias produzidas na internet. Também utilizamos a nossa plataforma para combater a desinformação nas redes (FakeNews).

Confira a postagem original deste artigo em: https://www.augustourgente.com.br/

Em conformidade com às disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) e às demais normas vigentes aplicáveis, respeitando os princípios legais, nosso site não armazena dados pessoais, somente utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência de navegação.