Prefeita Valdice expõe as vísceras do (des)governo anterior


Em entrevistas anteriores, a emissoras de rádio locais, o chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Jacobina (PMJ) já havia exposto para a sociedade jacobinense a radiografia da situação administrativa e financeira do município. Dr. Leopoldo mostrou parte do rombo encontrado e o tamanho da herança maldita recebida pela prefeita Valdice Castro no dia 1º de janeiro deste ano: estrutura administrativa completamente destruída e prefeitura endividada.

É impossível que em apenas 5 meses e 13 dias, desde que tomou posse, a atual gestão conseguisse resolver todas as demandas num passe de mágica.

Não há varinha de condão para reverter anos de irresponsabilidade fiscal. O que há é uma prefeita de coragem, com os pés no chão e as contas na mesa — todas elas abertas, auditáveis e expostas à população. Na recente entrevista à Rádio Serrana FM, Valdice foi categórica:

“Quando a gente tem que pagar da gestão passada, estão aqui os números: quase 15 milhões de reais. Isso é grave.”

Grave é pouco. A gestão anterior, ao apagar das luzes, legou ao município um conjunto de dívidas que inclui parcelamentos na Jacoprev, no INSS, débitos com Embasa, Coelba, telefonia, aluguéis vencidos e folhas de pagamento não honradas. Inclusive, até os aluguéis de imóveis da própria Prefeitura, referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024, segundo a prefeita, ficaram para a atual gestão quitar.

É dessa conta — da conta que estouraram e jogaram no colo de Valdice — que se precisa falar. Porque é fácil criticar quem chegou, difícil é explicar por que deixaram a cidade em estado de total inadimplência.

Ainda assim, a gestão Valdice, mesmo diante do colapso herdado, não se escondeu. Pelo contrário, arregaçou as mangas e iniciou a recomposição da frota municipal leiloada de maneira irresponsável, o reordenamento do espaço urbano, a reestruturação dos serviços essenciais, a exemplo da limpeza pública, e o pagamento das dívidas assumidas sem sequer ter contraído um centavo delas.

E o que se ouve, por parte de alguns setores? Cobranças por cargos, inquietações por interesses contrariados, pressões por benesses que não cabem em uma gestão responsável. Ignoram uma lógica básica da administração pública: não se conserta o que foi destruído por oito anos em cinco meses. Há quem queira que a prefeita governe com a régua da conveniência, não com a régua da responsabilidade.

Essa sede por resultados rápidos, por acomodações e atalhos administrativos, é típica dos que vivem de política — e não para a política. Querem o carro adiante dos bois e, se possível, já abastecido com verba pública. Mas, quem conhece o estilo Leopoldo/Valdice sabe que não tem mágica. Tem método.

A prefeita tem sido transparente. Tem enfrentado a realidade com franqueza e decisão. Sua equipe trabalha para restabelecer a capacidade de investimento do município, limpar a imagem arranhada de Jacobina e oferecer ao povo serviços públicos que funcionem — não conchavos que beneficiem pequenos grupos.

Se há crítica, que venha com fundamento. Mas colocar Valdice contra a parede antes mesmo da metade do seu mandato é má-fé — ou desespero. E como diz a sabedoria popular: "todo apressado come cru". E, na gestão pública, o que se resolve mal, volta pior. Por isso, Jacobina precisa de serenidade, não de chantagens. De confiança no processo, não de histeria de ocasião.

A cidade já teve marketing e maquiagem demais. Agora é hora de verdade e reconstrução.
Por Jota Britto

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