A cidade de Mirangaba, localizada na região norte da Bahia, está se mobilizando para sediar o seu primeiro Seminário do Café. A iniciativa tem como objetivo debater a retomada e o fortalecimento da cultura cafeeira no município, com foco especial nas comunidades tradicionais e quilombolas, como a de Santa Cruz. A ação é fruto de uma articulação conjunta entre a Câmara Municipal de Vereadores, o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) de Miguel Calmon e diversas secretarias municipais.
De acordo com a presidente da Câmara, vereadora Maria do Socorro Santos Silva, o evento será um marco na história agrícola do município, especialmente pelo resgate de uma cultura que já teve grande relevância na região. “Nos reunimos com o pessoal do SENAR de Miguel Calmon para planejar o Seminário do Café. Nosso objetivo é discutir o fortalecimento da produção, principalmente nas comunidades tradicionais, onde o cultivo de café já foi forte e pode ser retomado com incentivo e apoio técnico”, destacou.
A região de Mirangaba apresenta condições climáticas e geográficas favoráveis ao cultivo do café, como temperaturas amenas e altitudes elevadas. A proposta é não apenas promover a retomada da cultura, mas também impulsionar o turismo rural e valorizar o trabalho do pequeno agricultor.
O seminário contará com o apoio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Agricultura e Administração, além do envolvimento direto da Câmara Municipal. A programação incluirá palestras técnicas, troca de experiências com produtores da região e visitas a áreas de plantio, como a propriedade de Manoel, o “Nequinho de Santa Cruz”, referência na produção local e morador da comunidade quilombola.
A presidente da Câmara enfatizou ainda que o evento será um espaço de diálogo e aprendizado: “Vamos promover um debate qualificado e incentivar o plantio de café como alternativa de renda e valorização cultural. Esse é apenas o começo de um novo ciclo para a agricultura familiar em Mirangaba”.
A data do seminário será anunciada em breve, e a expectativa é de que o evento movimente produtores, técnicos, autoridades e a população em geral, consolidando o município no mapa da produção cafeeira baiana.
Fonte: Jacobina 24 Horas