Presos passam fome e sede em delegacia do sertão baiano, denuncia Ministério Público

Ministério Público da Bahia denuncia delegacia por não fornecer alimentação e água potável a prisioneiros |Wilson Dias/Agência Brasil

A Delegacia do Município de Cipó (BA), administrada pelo prefeito Marquinhos (PSD) e localizada no sertão da Bahia, foi acionada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na última terça-feira (4). A ação, movida pelo promotor de Justiça Tarcísio Logrado de Almeida, aponta situações de maus-tratos, falta de alimentação e ausência de água potável para os presos custodiados na unidade.

De acordo com o promotor, uma vistoria do MP-BA constatou que os detentos não recebem comida nem água fornecidas pelo poder público. As refeições são providenciadas por familiares e a água é buscada pelos próprios servidores em um poço artesiano localizado no Povoado Brejinho.

Na ação, o MP-BA pede, em caráter liminar, que o Estado da Bahia não mantenha presos na Delegacia de Cipó por mais de 24 horas, determinando a transferência imediata dos custodiados para outra unidade prisional até que sejam garantidos o fornecimento diário de três refeições e água potável.

O promotor informou ainda que foram enviados ofícios à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e à Prefeitura de Cipó solicitando a regularização do abastecimento de água e comida, além da transferência dos nove presos que aguardam vagas no sistema prisional. No entanto, segundo ele, nenhuma das solicitações foi atendida.

“A média de permanência dos presos na unidade é de cerca de 60 dias, período em que as famílias ficam responsáveis pela alimentação e os policiais civis precisam buscar água para consumo e uso diário, sem garantia de potabilidade”, afirmou o promotor.

Ele também destacou que a precariedade do local coloca em risco não apenas os custodiados, mas também os policiais civis, que acabam sendo desviados de suas funções de investigação para cuidar da subsistência dos presos, o que compromete o funcionamento da unidade.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Cipó para obter esclarecimentos, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O canal segue aberto para manifestações.

Fonte: BNews

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