A ação promocional de uma marca de camisinha em um famoso camarote do Carnaval de Salvador foi repudiada pelo deputado estadual Alex da Piatã (PMDB). Para o peemedebista, a cápsula do sexo, conforme foi apelidada, é um ato de banalização. “Essa questão está criando uma repercussão nacional. Estão reforçando o estereótipo que o Carnaval é só sexo e não é verdade. Daqui uns dias, se não dermos um basta, todo camarote, toda festa vai ter um local desses”, afirmou.
Como se faz no parque de diversão, o casal aguarda o momento de entrar na cápsula para “se divertir”.
“Imagine só um casal entrar em um local, em plena festa, pra praticar algo que deve ser feito entre quatro paredes? Todo mundo sabendo disso, jovens, crianças, idosos… Uma verdadeira falta de respeito. Reafirmo o discurso de que isso banaliza o sexo. Como católico e cristão, eu acho essa cápsula uma atitude descabida. Não posso assistir isso e ficar calado”, disse.
Alex da Piatã disse que se deixar “correr solto” logo pode está nas grandes festas.
O deputado, recém chegado na Assembleia Legislativa da Bahia, também ratificou que unirá forças para barrar a ação publicitária. “Estou unido a deputada Fabíola Mansur, presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia, nas criticas. Quero chamar atenção das autoridades, principalmente as lideranças religiosas, além do governador, do prefeito, para não permitirmos mais isso. É praticamente um atentado ao pudor. Hoje começa gratuitamente com dez minutos, amanhã vão está colocando em todos os pontos, cobrando por hora”, apontou.
A empresa fez um grande marketing colocando uma modelo de biquini para mostrar o espaço interno da cápsula.
Alex está empenhado para reverter a ideia de que a cápsula vire uma praxe na Bahia. “Vamos combater e não deixar profanar algo tão belo que é o sexo que é um espaço de exercício do amor entre um casal. Não vamos destruir nossas família”, disse.
REPERCUSSÃO – Além do deputado Alex, sua colega de bancada, Fabíola Mansur (PSB) encampou a briga e, inclusive, mobilizou a secretárias estadual dos Direitos das Mulheres, Olívia Santana. “Para nós, o empreendimento da fabricante de camisinhas, instalado em área pública sob permissão dos organizadores da festa, fere a imagem do Carnaval baiano na medida em que dá amplitude à ideia da Bahia como rota do turismo sexual”, ressaltou.
“Eu espero que não haja nesse espaço nenhum aliciamento de mulheres nem de menores no Camarote Salvador. O carnaval não precisa disso, a gente já extravasa pra caramba”, reiterou Olívia em entrevista a imprensa local.
Informações * Assessoria/ fotos: WhatsApp