Tuíca sempre preparado para entrar no gramado.Sua velocidade e a forma de se vestir chama atenção da torcida.Foto: Raimundo Mascarenhas
O futebol baiano perdeu parte de sua alegria. Quintinho Francisco de Oliveira Filho, de 44 anos, o Tuíca, deu adeus aos gramados na tarde chuvosa de quinta-feira (30), em Eunápolis. Tudo leva a crer que ele foi vítima de uma parada cardiorespiratória.Colegas de trabalho encontraram seu corpo caído no alojamento que fica no Ginásio de Esportes de Eunápolis. Os socorristas do Samu verificaram o óbito.
Olha Tuíca na hora do hino nacional na cidade de São Francisco do Conde em 2011.Foto: Raimundo Mascarenhas
O ex-maratonista que há mais de 24 anos resolveu se dedicar a ser massagista de futebol passar por várias equipes e seleções intermunicipais, inclusive Santaluz, quando levou a taça de vice campeã em jogo na cidade de São Francisco do Conde.Seu trabalho foi reconhecido também nas seleções de Porto Seguro, Itajuípe, Jequié, Itagibá, Barra do Rocha, Ibirataia,São Francisco do Conde e Porções.No futebol profissional passou pelo Colo-Colo, Itabuna e Serrano. Como maratonista participou de várias competições importantes mas, foi no futebol que encontrou sua principal inspiração e motivação de vida. Começou a carreira como massagista aos 19 anos, em 1991, e pelos campos onde passou sempre roubou a cena, mesmo em finais importantes.
Tuíca foi campeão baiano com o Colo Colo em pleno Barradão contra o Vitória em 2006. Foto: Raimundo Mascarenhas
De acordo com o site Radar 64, atualmente Tuíca atuava como massagista da Seleção de Eunápolis, contratado para trabalhar durante os jogos da Copa do Descobrimento – 2015
Tuíca virava atração nos jogos, sambando, distribuído balas às torcidas, correndo para atender aos jogadores fora de campo. A todos ele tratava com uma saudação típica: “E aí meu nego”.
Natural de Barra do Rocha, solteiro, Tuíca não tinha filhos, aliás, seus filhos são as centenas de atletas que ele já atendeu durante mais de 24 anos de atividade profissional.
Seu jeito alegre e brincalhão e, mais do que isso, sua competência profissional rendeu uma carreira cheia de troféus, reportagens especiais e o carinho de milhares de fãs que agora se juntam, perto ou longe, para o adeus uníssono a um dos grandes profissionais do futebol baiano.
“E aí, meu nego”, que sua jornada seja de paz. O céu agora está mais alegre com seu sorriso puro.
Redação CN * informações Radar 64 / fotos: Arquivo Raimundo Mascarenhas