Vereador gaúcho é condenado a pagar R$ 100 mil por falas preconceituosas contra baianos

O vereador de Caxias do Sul (RS), Sandro Fantinel (PL), foi condenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil por falas preconceituosas contra os baianos durante uma sessão da Câmara Municipal em 2023. Na época, o edil afirmou que a “única cultura” do povo da Bahia seria “viver na praia e tocar tambor”. A declaração veio após uma operação da Polícia Rodoviária Federal resgatar centenas de trabalhadores que estavam sendo explorados em vinícolas no interior do Rio Grande do Sul. As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Calila.

A sentença da 3ª Vara Federal de Caxias do Sul foi dada conjuntamente em resposta a ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF), MP-RS e entidades. O pagamento de R$ 100 mil por danos morais coletivos será destinado a um fundo público voltado a ações coletivas, com gestão compartilhada entre conselhos, o MPF e representantes da sociedade civil.

De acordo com o texto da ação judicial, “as ideias manifestadas pelo vereador compõem o pensamento de parcela significativa da população local, o que não exime o réu de culpa, mas ao contrário, a agrava por ser um representante eleito que deveria servir de exemplo de cidadania”.

CONTRATAR ARGENTINOS
Além de limitar a cultura baiana a “tocar tambor na praia”, o vereador também sugeriu que os empresários não deveriam contratar mais baianos e insinuou que os argentinos seriam “mais limpos” que o povo da Bahia.

“Agricultores, produtores, empresas agrícolas que estão neste momento me acompanhando, eu vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima. Conversem comigo, vamos criar uma linha e vamos contratar os argentinos. Porque todos os agricultores que têm argentinos trabalhando hoje só batem palmas. São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantêm a cara limpa e, no dia de ir embora, ainda agradecem ao patrão pelo serviço prestado e pelo dinheiro que receberam” afirmou.

Recentemente em outra decisão, mais precisamente no Dia do Trabalho, primeiro de maio, a justiça definiu o valor da  indenização a trabalhadores resgatados de vinícolas, de R$ 3 milhões em danos morais a 210 trabalhadores.

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