Lipedema: saiba mais sobre condição que afeta sobretudo mulheres e ainda é cercada por mitos, que dificultam diagnóstico e tratamento

Caracterizado pelo acúmulo anormal e simétrico de gordura em membros inferiores e superiores, acompanhado de dor e sensibilidade, o lipedema é uma doença crônica e progressiva que afeta majoritariamente mulheres. Apesar de ter ganhado visibilidade recente, a condição ainda é cercada por mitos e desinformação, dificultando seu diagnóstico e tratamento adequados.

O lipedema pode manifestar seus primeiros sintomas já na puberdade, como explica Tauany Miranda, fisioterapeuta dermatofuncional da clínica Skincare. “Meninas jovens podem já apresentar características clínicas iniciais dessa condição ainda na adolescência pela ação dos hormônios endógenos, como estrogênio e progesterona”, conta.

A especialista ressalta que mulheres em fases de grandes oscilações hormonais, como gravidez, uso de anticoncepcionais e menopausa, também podem ser afetadas, reforçando a urgência do diagnóstico precoce e da conscientização sobre os sinais que distinguem o lipedema de outras condições, como a obesidade, por exemplo – esta última sem dor e geralmente responsiva a dieta e exercícios.

Tauany Miranda, Laura Andrade e Rachel Hanimann da Clínica Skincare falam sobre lipedema | Crédito: Bianca Martinez

Um dos maiores desafios é o reconhecimento dessa condição, pois muitos profissionais de saúde ainda a confundem ou desconsideram, atrasando o tratamento adequado. É o que também acredita a fisioterapeuta dermatofuncional Rachel Hanimann. “O diagnóstico é predominantemente clínico e físico, e a falta de uma diretriz clara no sistema de saúde brasileiro contribui para que muitas mulheres sofram sem um tratamento específico e eficaz”, conta.

Para a médica dermatologista, Laura Andrade, o principal mito a ser desconstruído é a ideia de que o lipedema seria falta de empenho ou de cuidado pessoal, quando na verdade é uma doença multifatorial e que, como tal, precisa também de um tratamento multidisciplinar. “Conscientizar tanto a população quanto a classe médica é fundamental para que as mulheres não normalizem a dor e busquem ajuda especializada com equipes multidisciplinares, incluindo endocrinologistas, angiologistas, dermatologistas e cirurgiões plásticos, quando necessário, para abordar o tema de forma completa”, aponta.

Por: Luana Oliveira

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