A decepção registrada em Conceição do Coité após a passagem da Caravana da Coca-Cola poderia ter sido significativamente menor se a divulgação tivesse sido mais clara quanto ao formato reduzido do desfile. A reportagem do Correio 24 Horas, publicada na véspera do evento, até mencionava que o município receberia a “versão mini-caravana”, mas essa informação esteve ilustrada por uma foto em destaque mostrando um dos tradicionais caminhões temáticos da Coca-Cola — os veículos mais midiáticos, cenográficos e mundialmente conhecidos, muito provavelmente o que imaginou que seria, a jornalista responsável.

Para quem leu a matéria, a imagem clássica sugeria que Coité veria o comboio original, com caminhões totalmente caracterizados, figurinos especiais e a estética natalina que marcou gerações. Na prática, porém, o que chegou às ruas foi uma versão simplificada, formada por quatro veículos, alguns da própria distribuidora local, apenas adaptados com tubos de LED que imitavam o contorno dos caminhões originais.

Se o destaque visual usado na divulgação tivesse sido condizente com o que seria apresentado — ou se o termo “mini-caravana” tivesse sido explicado de forma mais evidente e transparente — a expectativa do público talvez tivesse sido mais compatível com a realidade. Em vez disso, a discrepância entre o que foi prometido pela imagem e o que foi entregue no desfile acabou ampliando a frustração dos moradores e visitantes.

Conceição do Coité, que já se consolidou entre as cidades com ornamentação natalina mais caprichada da Bahia, esperava um espetáculo proporcional ao seu público e à reputação internacional da marca. A ausência dessa clareza não só prejudicou a experiência, como também colocou em evidência a importância da comunicação responsável — especialmente quando uma imagem pode criar expectativas muito acima do que será entregue.

A Coca-Cola tem o dever moral e comercial de trazer a caravana oroginal pra Coité o quanto antes.

A expectativa agora gira em torno da presença da Caravana em: