Na manhã deste domingo (30), um homem morreu após invadir o recinto de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara — conhecido como “Parque da Bica” — na cidade de João Pessoa (PB).
Segundo nota da administração do parque, a vítima escalou deliberadamente as estruturas de segurança — ultrapassando grades de proteção e uma parede com mais de seis metros de altura — e utilizou uma árvore interna como apoio para invadir a área restrita aos felinos.
Perfil da vítima e histórico
A vítima era conhecida por apelido de “Vaqueirinho de Mangabeira” e, conforme informou a prefeitura local à imprensa, já havia sido preso pelo menos dez vezes.
Fontes apontam que o homem tinha histórico de contravenções desde a adolescência.
[VÍDEO] Preso mais de 10 vezes: ‘Vaqueirinho’ que morreu após entrar em jaula de leoa tinha extensa ficha criminal. https://t.co/qpcIv24ZVP pic.twitter.com/WwYm4TPmap
— BLOGDOBG (@BlogdoBG) November 30, 2025
Ainda não há confirmação pública de nome completo, mas a prefeitura manifestou solidariedade à família e informou que a invasão foi classificada como ato deliberado.
Reação do parque, do animal e das autoridades
Após o ataque, o zoológico foi imediatamente interditado para remoção do corpo e início das investigações pela Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam) em conjunto com a Polícia Civil da Paraíba.
O felino envolvido — a leoa — não será sacrificada. Segundo o parque, ela reagiu instintivamente à invasão de seu recinto e permaneceu com seu comportamento sob controle após o episódio.
Em nota, a prefeitura afirmou que as medidas de segurança do parque atendem às normas técnicas: muro alto, grades e barreiras físicas. Apesar disso, considerou que a ação foi “rápida e deliberada”, e que veio a óbito por conta dos ferimentos provocados pelo animal.
Investigação em curso e repercussão
A direção do parque e as autoridades reforçam que há empenho em apurar todas as circunstâncias que permitiram a invasão — para verificar possíveis falhas de vigilância ou acesso — e garantir revisão dos protocolos de segurança.
O caso reacende o debate sobre segurança em zoológicos, vulnerabilidade social e cuidados com a saúde mental de pessoas em situação de risco. Também levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre exposição de animais ao público e a efetividade das barreiras de proteção.