Sete em cada 10 municípios da Bahia estão em ‘situação crítica’ de autonomia financeira; veja mapa


Um cenário crônico de dependência por transferências federais continua a ser um dos principais desafios para a gestão fiscal nos municípios brasileiros, a Bahia segue com baixa expectativa. Segundo o mais recente Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), pelo menos sete em cada dez municípios se encontram em uma "situação crítica" de autonomia financeira em 2024.

Entre os 369 municípios baianos avaliados no ano passado, 315 foram classificados na categoria crítica. O dado mais alarmante é que, dentro desse grupo, 156 prefeituras tiraram nota zero no indicador, ou seja, suas receitas próprias não conseguem cobrir sequer os gastos essenciais com a Câmara de Vereadores e o gabinete do prefeito.

Situação da autonomia financeira dos municípios baianos

A análise do IFGF revela que apenas 30 municípios baianos pontuaram com nota "excelente" (0,8 a 1,0), enquanto 10 tiveram nota "boa" (0,6 a 0,8) e 14 ficaram em "situação difícil" (0,4 a 0,6). O estudo também apontou que 22 municípios no estado atingiram a nota máxima (1,0) no indicador.

Já quando é olhado o Brasil como todo, o estudo evidencia que a alta dependência de recursos federais, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), é um problema generalizado. Essa vulnerabilidade financeira deixa os municípios expostos a ciclos econômicos e desestimula a gestão fiscal responsável e a busca por fontes próprias de arrecadação.

Os dados comprovam um contraste alarmante entre municípios de pequeno e grande porte. Enquanto cidades com mais de 100 mil habitantes demonstraram excelência no indicador (com uma pontuação média de 0,8251), os municípios menores apresentaram um quadro bem mais preocupante (com uma média de 0,3726 pontos). O índice médio nacional ficou em 0,4403 em 2024.

O cenário coloca em xeque o objetivo original da Constituição de 1988, que ao flexibilizar a criação de novos municípios, buscava descentralizar a administração e melhorar a qualidade dos serviços públicos. Isso quer dizer que o atual modelo de federalismo fiscal não atingiu seu objetivo de reduzir as desigualdades regionais, evidenciando a necessidade de uma reforma que estimule a responsabilidade fiscal e a busca por autonomia.

Bahia Notícias 

Atenção: os artigos deste portal não são de nossa autoria e responsabilidade.
Nós não produzimos e nem escrevemos esse artigo qual você esta lendo.

Entenda: nosso site utiliza uma tecnologia de indexação, assim como o 'Google News', incorporando de forma automática as notícias de Jacobina e Região.
Nossa proposta é preservar a história de Jacobina através da preservação dos artigos/relatos/histórias produzidas na internet. Também utilizamos a nossa plataforma para combater a desinformação nas redes (FakeNews).

Confira a postagem original deste artigo em: https://www.diariodachapada.com.br/

Em conformidade com às disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) e às demais normas vigentes aplicáveis, respeitando os princípios legais, nosso site não armazena dados pessoais, somente utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência de navegação.