Em um país que desde 1998 não se vê decidida a eleição presidencial não é decidida em primeiro turno dificilmente ocorrerá tal fenômeno em 2022, basta dizer que o ex-presidente Lula não goza dos altos índices de aprovação que tinha em 2006, ano em que o mesmo foi reeleito no segundo turno em eleição contra o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Com o PT aos cacos e a sede por uma renovação no cenário político em 2018, além de comover parte da população por ter sofrido um atentado, Jair Bolsonaro também não teve habilidade suficiente para definir o jogo político na primeira etapa eleitoral.
Fato é que temos um país dividido, não por um projeto de governo ou pelo embate de ideias, estamos diante de um cenário de final de campeonato em que rivais se enfrentam, e os torcedores vociferam por seus “ídolos”, e sinceramente lá no fundo ninguém quer mais 04 anos de um país dividido. Desta forma tanto Lula quanto Bolsonaro afirmam de forma veemente a incapacidade de haver ou de ser fortalecida uma terceira via, o que é uma inverdade, pois o próprio Presidente da República nunca figurou entre a elite política nacional, e o seu algoz sabe muito bem que em 1989 tanto ele quanto Collor não apareciam inicialmente nas primeiras colocações.
Caros amigos e amigas, os tempos já são outros, é bem verdade, mas no mundo pós moderno é insanidade querer subestimar um povo, uma juventude que tem tudo acessível, basta lhes dizer que Ciro Gomes (PDT) foi o candidato que mais cresceu no Twitter com 66% de avanço, além de ser o nome com mais criação de conteúdo. O atual governador de São Paulo, João Dória Júnior (PSDB) é uma cria do mercado publicitário e embora enfrente dificuldades de popularidade tem um histórico de reverter situações, foi assim desde as prévias para candidatura à prefeitura de São Paulo, quando o assunto é pandemia e vacinação, todas as medidas e investimentos científicos e tecnológicos além da forte parceria com a China, Dória deu um banho em todo mundo. Marina Silva busca se fortalecer e definirá em Setembro se voltará à cena, já João Amoedo (NOVO) tem uma linha definida do que quer e não abre mão de suas convicções.
Qualquer nome que venha a enfrentar Lula ou Bolsonaro em um possível segundo turno terá grande probabilidade de vencer o pleito de 2022, pensando de forma inteligente, ambos preferem o ataque entre si, para que ninguém se meta e coloque a maionese para desandar, pois sendo bem didático, o que o eleitor petista não quer ver é o Capitão mandando no palácio do planalto, então caso Lula não vá ao segundo turno, seus eleitores votarão em qualquer outro nome, de igual forma os bolsonaristas no afã de impor uma derrota ao ex-presidente, topam qualquer aliança, o golpe tá aí cai quem quer!
INFORMA SERTÃO/ Clayton Luz