Carnaval: Irresponsabilidade ou economia?

E eis que o assunto principalmente em Salvador é Carnaval, e o pior, tornou-se uma pauta de tensionamento político, muito embora haja diversos interesses (rede hoteleira, restaurantes, companhias aéreas, agências de turismo, companhias de bebidas, blocos, produtores de eventos, proprietários de camarotes, donos de trios, etc), parece que viveremos uma turbulência provocada por diversas opiniões e evidentemente muitas com interesses em outubro do ano vindouro.

Enquanto o prefeito Bruno Reis ao lado do vereador Cláudio Tinoco (presidente do Conselho da Associação do Carnaval) lideram as vozes que ecoam a favor da realização da festa momesca, o governador do estado, Rui Costa, tem mantido um posicionamento de prudência, em que conclama a todos a aguardarem a evolução do quadro epidemiológico, avaliando a projeção dos números e que estes sejam o parâmetro para um possível deferimento ou proibição da maior festa do planeta.

Observando à margem de todo este burburinho está a classe artística, tendo apenas na pessoa de Ivete Sangalo, quando em um momento de euforia disparou “Vai ter carnaval c***lho”, contudo, após a quebra de braços entre prefeitura e governo, todos estão calados e apreensivos.

Até aqui a Bahia já registrou mais de 1,2 milhão de casos confirmados, e mais de 27 mil mortes conforme dados da SESAB https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/ . Tanto Salvador quanto outras cidades do interior do estado aguardam por uma definição até o próximo dia 15 de Novembro, data em que os organizadores dizem ser o limite para um planejamento exequível. A pauta requer cuidados de todas as partes, já que embora o mundo relatasse casos de uma possível pandemia em novembro de 2019, a festa carnal foi realizada em 2020 no Brasil, vindo logo após uma explosão de casos. É claro que diante das acusações que apontam ao Presidente Jair Bolsonaro a respeito das mais de 600 mil mortes ocasionadas pela COVID-19, surge então a hipocrisia de achar que não há mais perigo com o novo coronavírus, e sendo Rui Costa um oponente figadal passa também a dar discurso e palanque ao Messias de Brasília.

As discussões ocorrem no momento em que a China volta a ter altos indíces de infectados pela doença, diversos países europeus retomando as medidas sanitárias já vistas no ano anterior, fazendo com que possamos perceber a possibilidade de um colapso na saúde pública em um cenário pós-carnavalesco, porém o certo é que entre irresponsbilidade e economia, a prioridade é a vida.

INFORMA SERTÃO/ Clayton Luz

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