Dengue: Infectologista e Professor da Ages fala sobre nova cepa da doença : Jacobina é um município endêmico

Cuidados em casa devem ser mantidos para conter a proliferação do mosquito e da doença

Identificada no país pela primeira vez, em fevereiro desse ano, na cidade de Aparecida de Goiânia, em Goiás, a nova linhagem da dengue já tem ocorrências registradas nas cidades baianas de Salvador, Camaçari e Feira de Santana. Assim como nas demais variantes da doença, no caso da nova cepa, os pacientes podem apresentar desde um quadro mais leve, com poucos sinais e sintomas, até quadros graves, com dor abdominal, sangramento e até mesmo irem a óbito.

Infectologista e professor da Ages Jacobina, Alexandre Fonseca diz que os profissionais da Atenção Primária de Saúde precisam estar atentos à situação epidemiológica em seu território, buscar ativamente os casos, suspeitando rapidamente em seus estágios iniciais, assim permitindo a adoção de controle da disseminação da doença. Além disso, é preciso orientar o paciente e iniciar o cuidado precoce para prevenir complicações.

De acordo com Alexandre Fonseca, a nova cepa, também chamada de Cosmopolita, é a variante mais comum do vírus da dengue no mundo. Ele lembra que não existe tratamento específico para a doença, mas o cuidado geral com a hidratação e controle de sinais de agravamento são essenciais para salvar vidas.

Professor da Ages, que integra a Ânima Educação, ele também explica que o diagnóstico da doença, na maioria das vezes é clínico, baseado na situação epidemiológica, sazonalidade (períodos com grande incidência de casos), conhecimento da situação ambiental (presença do mosquito Aedes Aegypt), história clínica e exame físico do paciente. Manifestações clínicas (dengue sintomática), correspondente a aproximadamente 25% dos casos de infecção notificados.

Alerta

Ainda de acordo com o infectologista, a dengue, apesar de, possivelmente, ser uma das doenças tropicais mais prevalentes no planeta é, também, um agravo ignorado pelas políticas de saúde globalmente. Estima-se que metade da população mundial esteja sob risco de contrair dengue. Aproximadamente 400 milhões de casos de dengue são reportados anualmente, e 25% destes casos apresentam-se sintomáticos.

“É importante que se repense a forma de controle da dengue no Brasil, para que, além das medidas de combate ao vetor, se retomem políticas sérias de combate à pobreza e proteção do meio ambiente. A política de atenção primária também precisa ser retomada, com investimento em capacitação das equipes e ampliação da cobertura das equipes de saúde da família”, alertou Alexandre.

Cuidados básicos

Algumas atitudes domésticas precisam ser adotadas para conter a proliferação do mosquito e a doença. Evitar o acúmulo de água em vasos de plantas, caixas d’água abertas, pneus, baldes e tanques, já que o Aedes se prolifera em água parada, são essenciais para impedir o desenvolvimento do mosquito. Para isso, é necessário vedar todos os recipientes, inclusive a caixa d’água. Nos vasos de plantas e pneus, a alternativa é preencher com areia. Além disso, o uso de mosquiteiros e telas nas janelas e portas e a aplicação de repelentes em spray sobre o mosquiteiro e na pele aumenta a eficácia.

O Aedes Aegypti possui um ciclo de vida de 45 dias, podendo colocar até 450 ovos. Seus ovos são resistentes e podem suportar em um recipiente, sem ter entrado em contato com a água, entre 300 e 400 dias, ou seja, até mais de um ano. Basta eles terem qualquer contato com água que podem eclodir. As picadas do inseto podem acontecer em qualquer horário do dia.

Atenção: os artigos deste portal não são de nossa autoria e responsabilidade.
Nós não produzimos e nem escrevemos esse artigo qual você esta lendo.

Entenda: nosso site utiliza uma tecnologia de indexação, assim como o 'Google News', incorporando de forma automática as notícias de Jacobina e Região.
Nossa proposta é preservar a história de Jacobina através da preservação dos artigos/relatos/histórias produzidas na internet. Também utilizamos a nossa plataforma para combater a desinformação nas redes (FakeNews).

Confira a postagem original deste artigo em: http://www.informasertao.com.br

Em conformidade com às disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) e às demais normas vigentes aplicáveis, respeitando os princípios legais, nosso site não armazena dados pessoais, somente utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência de navegação.