Correios adiam pagamento de R$ 2,75 bilhões em dívidas para manter operações e evitar colapso financeiro

Em meio a uma grave crise financeira, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos decidiu postergar o pagamento de compromissos que somam R$ 2,75 bilhões. A medida emergencial visa preservar a liquidez da estatal e garantir a continuidade dos serviços postais, mesmo após 11 trimestres consecutivos de prejuízo — sendo nove sob a gestão do atual presidente, Fabiano Silva.

A informação foi revelada por um documento interno da própria empresa, obtido pelo g1, que detalha a nova estratégia adotada para tentar estabilizar as finanças. Entre os compromissos adiados, estão dívidas com o plano de saúde Postal Saúde, o fundo de pensão Postalis, repasses ao INSS e fornecedores diversos.

Confira os principais valores postergados pelos Correios:
• INSS Patronal – R$ 741 milhões
• Fornecedores – R$ 652 milhões
• Postal Saúde – R$ 363 milhões
• Remessa Conforme – R$ 271 milhões
• Vale-alimentação/refeição – R$ 238 milhões
• PIS/Cofins – R$ 208 milhões
• Postalis – R$ 138 milhões
• Franqueadas – R$ 135 milhões

Segundo a estatal, 53% dessas dívidas se referem a obrigações que geram encargos, mas não afetam diretamente a prestação dos serviços — como tributos e contribuições previdenciárias.

Um relatório da Receita Federal aponta que os Correios acumulam R$ 1,3 bilhão em impostos não pagos. Além disso, transportadoras terceirizadas entraram na Justiça cobrando R$ 104 milhões em valores atrasados.

Busca por recursos e empréstimos milionários

Para evitar um colapso nas operações, a empresa aposta na captação de R$ 1,8 bilhão, embora ainda não tenha especificado se o montante virá de financiamentos bancários ou do Tesouro Nacional. Em 2024, os Correios já haviam contratado dois empréstimos — um de R$ 250 milhões com o banco Daycoval e outro de R$ 300 milhões com o Banco ABC — que vencem entre julho e dezembro deste ano.

Outra aposta é a liberação de R$ 4,3 bilhões junto ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), vinculado ao Brics e atualmente presidido por Dilma Rousseff. Contudo, esse valor tem destinação específica e não poderá ser usado para cobrir o déficit operacional da estatal.

Prejuízo histórico e crise no setor

O primeiro trimestre de 2025 foi o pior da história recente da empresa: o prejuízo foi de R$ 1,7 bilhão — um aumento de 115% em relação aos R$ 801 milhões registrados no mesmo período de 2024. O resultado acende o alerta sobre a sustentabilidade financeira da estatal, que enfrenta um ambiente cada vez mais competitivo e desafiador.

Em nota, os Correios atribuíram o desequilíbrio fiscal às mudanças no ambiente regulatório, que impactaram negativamente o comércio exterior e reduziram o volume de envios. A estatal também destacou o aumento da concorrência no setor, principalmente após as alterações nas regras de importação, como fator determinante para a queda de arrecadação e perda de competitividade.

Fonte: Informe Baiano

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