Produtores rurais das regiões Norte e Nordeste do Brasil precisam se preparar para um aumento no volume de chuvas com a chegada do fenômeno climático La Niña, segundo alertam pesquisadores e técnicos agrícolas. A mudança no padrão pluviométrico pode trazer tanto oportunidades quanto riscos para as lavouras, especialmente no que diz respeito ao manejo do solo e à incidência de doenças.
De acordo com levantamento recente, a expectativa de chuvas acima da média nessas regiões exige que o agricultor antecipe-se e planeje seu manejo agrícola de forma estratégica. Isso inclui, entre outras medidas, a escolha de variedades de sementes adequadas, o escalonamento dos plantios e a adoção de práticas que reduzam os impactos do excesso de umidade.
No Norte e Nordeste, o desafio principal será lidar com o excesso de água — cenário que favorece a proliferação de pragas e doenças, além de gerar dificuldades operacionais nas lavouras. Segundo técnicos, é crucial implementar monitoramento constante das culturas, utilizar tecnologias como drones e sensores para mapear áreas vulneráveis e adotar estratégias como rotação de culturas e uso de bioinsumos para fortalecer a resistência das plantas.
Além disso, embora o cenário seja de chuvas intensificadas, especialistas alertam para o fato de que esse acréscimo de precipitação não se traduz automaticamente em melhores resultados agrícolas: “O produtor precisa antecipar-se e planejar o manejo para lidar com períodos de maior umidade, pois isso pode intensificar a ocorrência de doenças”, afirmam.
Para minimizar os impactos adversos, as recomendações focam em:
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Preparar o solo e adotar práticas de conservação que favoreçam o escoamento e drenagem adequada.
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Revisar calendários de plantio e adotar variedades mais adaptadas à umidade.
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Intensificar a vigilância fitossanitária e aplicar defensivos no momento certo para conter infecções e pragas.
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Utilizar ferramentas de agricultura de precisão para ajustar insumos de acordo com a variabilidade climática.
Em resumo, o fenômeno climático La Niña impõe um cenário de chuvas acima da média para o Norte e Nordeste brasileiros — o que exige ajustes no planejamento agrícola para transformar o risco em oportunidade produtiva.
Com Informações do Bahia Sem Fronteiras