Um levantamento divulgado em 9 de novembro de 2025 mostra que o endividamento das famílias brasileiras alcançou níveis recordes. Segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de lares com algum tipo de dívida subiu para 79,5 % em outubro, o maior patamar desde o início da série histórica.
No início de 2015, esse indicador estava em 57,5 %; em janeiro de 2025, já era de 76,1 %, demonstrando um aumento sustentado.
Além disso, o estudo aponta que 30,5 % das famílias tinham parcelas em atraso naquele mês — também um recorde histórico. RR Mais+2Revista Oeste+2 Outra bandeira vermelha: 13,2 % declararam que não teriam condições de quitar suas dívidas, o que amplifica o risco para consumo e economia doméstica.
Os dados também evidenciam que 49,0 % das famílias inadimplentes estavam com dívidas atrasadas por mais de 90 dias, e 32,0 % tinham compromissos com prazo superior a um ano — o que pressiona ainda mais os custos financeiros e as margens familiares.
A CNC alerta que, mesmo com o mercado de trabalho apresentando sinais de recuperação, o atual nível elevado dos juros e a persistente trajetória de endividamento podem levar a uma retração no consumo — reflexo que já começa a ser notado no varejo.
Com o quadro exposto, projeta-se que o endividamento familiar ainda poderá aumentar até o final de 2025, conforme análise da CNC. Esse cenário reforça a importância da educação financeira, negociação de dívidas e da adoção de políticas econômicas que contenham o avanço da inadimplência.
Informe Jacobina / Com informações de Diário do Poder