O Japão vive uma ameaça: a já baixa taxa de natalidade do país pode piorar ainda mais. É que cada vez menos os japoneses praticam sexo. O mais recente estudo da Associação Japonesa de Planejamento Familiar (JFPA), baseado em uma pesquisa com 3.000 pessoas, mostrou que 48,1% dos homens e 50,1% das mulheres não tiveram relações sexuais no último mês. Esses números revelam um aumento de cinco pontos percentuais em relação a 2012, quando foi realizada a pesquisa anterior. Os motivos elencados para o crescente desinteresse pelo sexo são vários: desde o cansaço proporcionado pelas longas jornadas de trabalho ao celibato voluntário. O desinteresse pela atividade sexual é especialmente chamativo entre os homens jovens de 25 a 29 anos, dos quais 20% afirmaram que o sexo "não interessa". Eles são chamados de “herbívoros”, um conceito popularizado nos últimos anos no Japão."São homens sensíveis, tímidos e inexperientes que gostariam de sair com garotas, mas que não querem adotar os típicos papéis masculinos para conseguir este objetivo", explicou o sociólogo Masahiro Morioka em seu livro “Lições para homens herbívoros”, publicado em 2008 no Japão. A situação preocupa os governantes do país, que se esforçam para aumentar as taxas de natalidade, mas não conseguem ter êxito. Em uma população que envelhece cada vez mais, ter gastos crescentes e excessivos com previdência social, ao mesmo tempo em que a População Economicamente Ativa (PEA) não é renovada é algo prejudicial para o futuro da economia do país. (BN)
