Em cinco anos, 50 acidentes fatais ocorreram na Petrobrás

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante dos trabalhadores da Petrobrás, criticou o tratamento dado por órgãos fiscalizadores do governo e pela estatal à segurança nas plataformas produtoras de petróleo. A Petrobrás “investe em segurança, porém mal”, afirmou o diretor da federação José Maria Rangel. Além disso, alertou que falta uma fiscalização por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Ministério do Trabalho se as melhores práticas de prevenção a acidentes são cumpridas. As declarações foram dadas após uma explosão em um navio-plataforma da estatal ter matado três pessoas e deixado 10 feridos. “A atividade de exploração de petróleo cresceu de forma muito rápida no País e esses órgãos não se prepararam para isso. Não há auditores suficientes para acompanhar essas plataformas”, avalia Rangel. Em abril do ano passado, na última visita feita à plataforma Cidade de São Mateus, onde uma explosão causou a morte de três petroleiros e deixou outros dez feridos, a Marinha detectou que o sistema de alarme não funcionava e as mangueiras utilizadas para apagar o fogo estavam enferrujadas, segundo Rangel. Ele não soube dizer se o problema foi resolvido. A federação estima que o ideal seria que a fiscalização ocorresse a cada seis meses.A principal crítica do diretor da FUP, no entanto, é à gestão da área de segurança da Petrobrás. Em sua opinião, “o programa de controle de acidentes é elaborado nos escritórios da empresa, por executivos que nunca pisaram numa plataforma. A opinião dos funcionários é ignorada”. O relatório de sustentabilidade da Petrobrás informa que, de 2009 a 2013, foram registrados 50 acidentes fatais em suas operações - incluindo plataformas em alto-mar, campos terrestres e refinarias. Entre as vítimas, estão empregados concursados e terceirizados. De 2011 a 2013, o número de óbitos caiu, tendo passado de 16 para quatro. Mas, no ano passado, voltou a subir. Segundo a FUP, foram registradas 15 mortes em 2014. A Petrobrás não divulgou esse número. No último balanço financeiro, a estatal informou que o gasto com Segurança, Meio Ambiente e Saúde na área de exploração e produção de petróleo, de janeiro a setembro de 2014, foi de R$ 51 milhões. Desde 1995, a entidade contabiliza 344 óbitos em operações nas unidades da estatal, dos quais foram de 64 funcionários efetivos da empresa e 280, de terceirizados. Desse total, 17 mortes ocorreram no exterior. Rangel acusa a empresa de não treinar os empregados terceirizados da mesma forma que os concursados, por isso, o número de vítimas fatais entre os terceirizados é maior. Além disso, eles são maioria, 300 mil, ante 86 mil concursados. (Estadão)

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