Apesar do crédito mais caro, a paradeira geral da economia brasileira favorece cenário propício à garimpagem de boas condições para a compra da casa própria. O aumento do estoque de imóveis à venda - formado em 2014 pela baixa disposição em investir do consumidor - pode ter reservado para este ano a possibilidade de se gastar um pouco menos por um novo lar. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o estoque imobiliário saltou 37%: de 19,7 mil unidades, em dezembro de 2013, para perto de 27 mil unidades, no mesmo mês de 2014. “Com uma boa pesquisa, o consumidor tende a conseguir encontrar bons preços”, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).Desse volume, ele explica, mais de um terço ainda permanece na planta. E, conforme diz, esses imóveis normalmente apresentam valores mais favoráveis em relação àqueles já prontos ou em processo de finalização. Portanto, é na oferta dessas habitações que podem estar condições mais atrativas. O perfil desse estoque beneficia casais ou quem quer morar sozinho. Na capital paulista, números mais atualizados do Secovi-SP mostram elevação significativa na quantidade de imóveis de apenas um dormitório. Ao final de 2004, esse modelo de moradia representava 8% do total ofertado. Já em novembro de 2014, subiu para 27%. Ao mesmo tempo, caiu com força o volume de residências estocadas de quatro dormitórios: de 22% para 10%, na comparação dos mesmos períodos. (Estadão)
