O dólar subiu mais de 1% pelo quarto dia consecutivo e encerrou acima de R$ 3,01 nesta última quinta-feira (5), ainda pressionado por incertezas sobre o ajuste fiscal e as intervenções do Banco Central no câmbio. A moeda americana subiu 1,03%, a R$ 3,0115 na venda, após chegar a R$ 3,0231 na máxima e R$ 2,9798 na mínima da sessão. Trata-se do maior nível de fechamento desde 13 de agosto de 2004, quando fechou a R$ 3,021. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 6 bilhões). Nos últimos quatro dias, o dólar acumulou alta de 5,44%, levando a valorização no ano a 13,27%. "O mercado já está testando o nível de R$ 3 desde ontem. Bateu, bateu e agora firmou", resumiu Jaime Ferreira, superintendente de câmbio da corretora Intercam. Investidores têm demonstrado preocupação com a possibilidade de o ajuste das contas públicas brasileiras não ser tão forte quanto o necessário, em meio a crescentes obstáculos políticos à implementação de cortes de gastos e aumentos de impostos.
