A Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a pedir à Indonésia que desista de executar pessoas condenadas por tráfico, entre elas um brasileiro. “Apelamos para que se conceda clemência às pessoas já condenadas e se adote moratória à pena capital”, declarou Rupert Colville, porta-voz da ONU para Direitos Humanos. “Lamentavelmente, seis pessoas foram executadas em janeiro (incluindo um brasileiro) e várias outras podem ser mortas”, disse. Há dois dias, a Justiça transferiu para uma prisão na Ilha de Nusakambangan dois australianos que serão executados, Myuran Sukumaran e Andrew Chan. Eles estavam entre nove jovens australianos que em 2005 foram detidos em Bali com oito quilos de heroína. Os detalhes da transferência, no entanto, voltaram a motivar um atrito internacional. O próprio premiê australiano, Tony Abbott, veio a público ontem para denunciar o tratamento dado aos condenados. Segundo imagens divulgadas no país, os guardas chegaram a posar para fotos, sorrindo ao lado dos sentenciados ao fuzilamento. “Considero que são inconvenientes (as imagens) e mostram falta de respeito e de dignidade”, afirmou Abbott, que cobrou o embaixador indonésio em Camberra.
