O ex-presidente do PT José Genoino foi o único mensaleiro beneficiado pelo indulto presidencial de 2014. Mas, em pouco tempo, deve ter companheiros. Se, em dezembro, o decreto seguir os mesmos critérios dos últimos oito anos, o ex-tesoreiro do PT Delúbio Soares, os ex-parlamentares Carlos Rodrigues (PL, atual PR) e Romeu Queiroz (PTB), e o advogado Rogério Tolentino podem também ter a pena extinta. Previsto pela Constituição e tradicionalmente assinado no dia de Natal pelo presidente da República em exercício, o indulto presidencial estipula os critérios para extinguir penas de determinados grupos de presos. Desde 2007, um dos critérios é ter sido condenado a não mais que oito anos de prisão, não ser reincidente e já ter cumprido um terço da pena. Essa será a situação de Rodrigues e Tolentino em 25 de dezembro deste ano. Delúbio e Romeu Queiroz ainda teriam de cumprir mais um mês de cadeia. Mas, como trabalho e estudo na cadeia reduzem a pena, ambos devem conseguir ter esse mês abatido. Outros dois mensaleiros que têm chances de entrar na regra é João Paulo Cunha e Pedro Henry. Mas, como não estavam no grupo dos primeiros detidos, em 15 de novembro de 2013, terão de conseguir reduzir pouco mais de 3 meses da pena.
