A adoção de uma nova metodologia de cálculo do PIB levou a indústria e a agropecuária a perderem peso na economia do país, em detrimento aos setores de serviço. Segundo publicado pela Folha de S. Paulo, a tendência já vinha ocorrendo nos últimos anos e ficou mais explícita com os dados revisados, divulgados na última quarta-feira (11) pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na série antiga do PIB , com base em 2000, a participação do setor industrial era de 28,1%. A revisão mostra que a atividade perdeu espaço e corresponde a 27,4% da produção nacional em 2010 (novo ano de referência utilizado pelo IBGE). As maiores perdas ocorreram nas indústrias de transformação e energia, gás, esgoto e limpeza urbana. A indústria extrativa e a construção ganharam peso, mas não compensaram a perda dos demais segmentos. A redução da influência industrial no PIB ocorre mesmo após a incorporação dos gastos em pesquisa e desenvolvimento como investimento, o que turbinou o índice. Isso porque as atividades administrativas e auxiliares realizadas pelas sedes das companhaias, que dão suporte à atividade produtiva, migraram para o setor de serviços, segundo o IBGE.
