Nem mesmo o mais intrincado roteiro de suspense teria tantos detalhes nebulosos e desdobramentos macabros como a história real do milionário americano Robert Durst. Ele foi preso no fim de semana e pode responder pela morte de sua amiga próxima, Susan Berman, no ano 2000. A prisão ocorreu pouco antes da transmissão do último episódio de um documentário sobre a vida do milionário e sua ligação com três assassinatos. Durst, de 71 anos, resolveu conceder entrevista para o documentário e acabou se entregando. Segundo os produtores, ele foi ao banheiro usando o microfone sem fio. Aparentemente sem saber que o aparelho estava ligado, acabou dizendo a si mesmo: "Que diabos eu fiz? Eu matei todos eles, é claro". Apenas o áudio foi captado. Não se sabe se ele falava sério nem se o áudio poderá ser usado contra ele. Seu advogado, Chip Lewis, disse que seu cliente mantém a alegação de inocência. A polícia de Los Angeles afirma que a prisão é resultado da investigação de novas provas, mas a defesa reclama que a ação policial foi orquestrada com a transmissão do documentário da HBO. A confissão dos assassinatos foi feita depois de uma pergunta sobre a morte de Susan. Uma carta anônima foi enviada à polícia de Los Angeles, pouco depois do crime, dizendo que um corpo seria encontrado na casa da vítima, em Bervely Hills.
