Com 84% de taxa de cesárea na rede privada e 40% no sistema público, representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Saúde (ANS) e do Hospital Israelita Albert Einstein se reuniram ontem, no Rio, para divulgar hospitais selecionados a participar de uma nova tentativa de aumentar a realização de partos normais no país. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI), dos EUA, será implementada em hospitais privados e públicos, na forma de projeto-piloto, denominado Parto Adequado. O objetivo é testar estratégias, como a capacitação de mais profissionais para a prática do parto normal e o aumento do número de ambientes para garantir a segurança das gestantes. Foram selecionados 23 hospitais privados — entre eles a Casa de Saúde São José, no Humaitá, e a Perinatal da Barra, ambas no Rio —, e cinco maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS), totalizando 28 instituições. A ANS recebeu, no total, 42 inscrições de instituições privadas. Os critérios de escolha para os hospitais públicos foram os que tinham a realização de mais de mil partos por ano e um percentual de cesarianas acima de 60%, modelo mais parecido com o da rede privada.
