Em tempos de economia de água, cultivar plantas é quase um luxo do qual muitos abriram mão diante das constantes reduções dos níveis dos reservatórios e da falta de chuva que atingiram principalmente o Sudeste do país. Se tamanho não for um problema, cultivar terrários pode ser uma alternativa para quem não dispensa um “verdinho” em casa. Sem precisar de água abundante para sobreviver – alguns necessitam de algumas gotas por mês – esses minijardins ainda ocupam pouco espaço. Há opções de terrários abertos e fechados, que funcionam como uma espécie de microecossistema e sobrevivem praticamente sozinhos. Ambos são criados dentro de um recipiente – normalmente de vidro –, com camadas de terras e areia. A "pequena empresa" Jardim no Pote foi criada antes do agravamento da crise hídrica, por uma arquiteta e uma naturopata, mas hoje chama atenção dos consumidores também pelo apelo sustentável dos produtos. Os valores variam de acordo com o tamanho, com as plantas – musgos e bromélias – e com os cenários criados em cada um deles, caso o cliente queira um. Os preços dos minijardins partem de R$ 35, mas podem chegar a R$ 250. “Todo jardim no pote que vendemos entregamos junto um mini borrifador para regar e instruções sobre os cuidados. Para os fechados, é aconselhado molhar uma vez por mês e, para os abertos, de 10 em 10 dias, dependendo da umidade do local em que está e da época do ano”, diz Lina Cirilo, que com Juliana Seibel fundou a Jardim no Pote. O borrifador não tem mais que 10 ml de capacidade. Se um desses inteiro for usado para regar um pote fechado, uma vez ao mês, em um ano terão sido gastos, no máximo, 120 ml de água. “Antes, as pessoas admiravam a arte e gostavam muito da ideia de ter pouco trabalho para mantê-los. Já hoje, elas também comentam sobre o quanto é importante o fato de os jardins precisarem de pouca água e como é importante esse aspecto da economia. Uma senhora, uma vez, que, para ela, esse era o “jardim do futuro”, conta Lina.
