Em meio ao impasse entre o governo e as indústrias eletrointensivas do Nordeste, com a aproximação do prazo final do contrato de fornecimento de energia pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em junho, uma solução foi levantada no seminário Energia Competitiva no Nordeste, realizado na terça, 28/4, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia. “A energia eólica é a solução”, garantiu a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Gannoum, durante sua palestra no evento. “Porque hoje é a fonte mais competitiva do país”, justificou. Para Élbia, a resolução para essa questão é muito simples. “O que a indústria precisa é de energia barata, porque precisa manter sua competitividade no mercado externo. Somada a uma energia limpa e renovável, e em abundância no Nordeste, você não tem dúvida que esta é a solução”, avaliou.A presidente da ABEEólica baseia seus argumentos em números promissores que são reflexo de condições naturais propícias. “O fator central da competitividade no Brasil, e esse fator não vai mudar se as condições na Europa ou nos EUA mudarem, é o aspecto natural. O que os economistas gostam de chamar de vantagem comparativa”, explicou. Segundo ela, a vantagem comparativa do país está nos ventos com velocidade de 10 a 12 metros por segundo, constante, unidirecional e sem rajada, ideal para esse tipo de fonte. “E só vai mudar se alguém conseguir mudar esse quadro. Do contrário, a nossa vantagem vai permanecer e o nosso custo de produção vai ser mais baixo”, disse. (Correio)
