Alguns deputados tentam colher assinaturas para apresentar, nesta semana, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíba a recondução ao cargo de procurador-geral da República - posto atualmente ocupado por Rodrigo Janot, responsável pela Operação Lava Jato. De acordo com a Folha de São Paulo, Câmara e Senado já concordaram em votar a proposta antes do segundo semestre, para que ela começasse a valer antes do fim do mandato de Janot, em setembro. Caso a emenda não seja viabilizada, a presidente Dilma Rousseff pode reconduzi-lo para a vaga por mais dois anos. "A recondução de um procurador-geral já viciado não é boa para o Ministério Público. É importante que haja uma oxigenação", justificou Paulinho. Segundo ele, o texto tem apoio do PP, PTB, PSC, PHS e PEN, partidos que formam o bloco do PMDB na Câmara - o que inclui o presidente do Congresso, Eduardo Cunha, um dos investigados. Procurado pela Folha, Cunha negou ter conhecimento sobre a proposta e negou querer retaliar Janot.
