Beijar a medalha é uma atitude comum entre os atletas que conseguiram uma grande conquista, mas, no caso da jogadora de handebol Dani Piedade, o ato foi ainda mais especial. Uma das peças mais importantes da seleção brasileira campeã mundial em dezembro 2013, a atleta por pouco não teve a carreira interrompida devido a um AVC sofrido em setembro de 2012 enquanto se preparava para uma partida de seu então time, o Krim Ljubljana, da Eslovênia. Internada às pressas, Dani passou a lutar pela vida. Durante dias, apresentou dificuldades na fala e só o fato de ter sobrevivido era motivo para comemoração. Mas a pivô foi além e, em uma recuperação incrível, voltou ao esporte de alto rendimento. Não bastasse isso, ainda ajudou o Brasil a alcançar uma conquista inédita. Questionada sobre como foi o processo para voltar ao handebol, Dani revelou que precisou ter muita paciência. "Foi um mês na Eslovênia esperando os resultados dos exames para saber a causa do AVC. Na primeira semana eu não entendia direito o que tinha acontecido. Na minha cabeça eu já pensava em treinar na semana seguinte, pois eu me sentia melhor, apesar do problema da fala. Depois que o médico explicou a gravidade do acontecido, mas que eu tinha a possibilidade de voltar a jogar em alto nível, eu fiquei muito feliz e confiante, pois eu sabia que só dependeria de mim mesma. No Brasil eu refiz todos os exames buscando a causa novamente, mas com resultados negativos.
