A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realizou visita técnica ao Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe, na Bahia. O objetivo da visita foi analisar a situação do estaleiro que está com seu funcionamento paralisado desde outubro do ano passado, depois que a operação Lava-Jato da Polícia Federal revelou um esquema de corrupção envolvendo a empresa Sete Brasil, responsável pela contratação do estaleiro para a Petrobras. O Enseada Paraguaçu foi construído para produzir sondas para perfuração de petróleo na camada do pré-sal. O estaleiro está com 83% de suas obras concluídas e até agora já foram gastos R$ 3 bilhões. O diretor de relações institucionais do Enseada, Márcio Cruz, lembrou que o estaleiro deveria estar empregando atualmente mais de 3 mil funcionários, mas conta hoje com apenas 117 pessoas encarregadas da manutenção e da segurança do local. "Não existe uma perda desse equipamento, apenas o custo de manutenção dele que não é pequeno, mas que será mantido pela empresa para assegurar que esse patrimônio esteja pronto para retomar a atividade." Para o presidente da comissão, deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), os contratos firmados pela Petrobras precisam ser cumpridos para evitar perdas maiores para o País. "Nós iremos convocar o presidente da Petrobras para discutir sobre esse tema. É preciso que a Petrobras tome uma posição, principalmente em relação à manutenção dos contratos com esses estaleiros. O grande problema agora não é só o financiamento, é a reafirmação por parte da Petrobras dos contratos que já foram firmados e que são juridicamente existentes."
