Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) a população prisional na Bahia é de 12.187 presos, para um total de 8.545 vagas disponíveis nos presídios, o que corresponde a uma taxa ocupacional de 149,6%. Cidades como Barreiras, no oeste do estado, ainda sofrem com a ausência de presídios, e têm que alocar os detentos em complexos de delegacias, enquanto aguardam julgamento. Em Barreiras, atualmente são 84 presos – 56 a mais do que a capacidade do local. A superlotação favorece, inclusive, fugas e rebeliões. Somente no ano passado, ocorreram duas rebeliões de presos, na cidade. As informações foram divulgadas no programa Bahia Meio Dia. Para o juiz titular da vara criminal de Barreiras, Gabriel de Moraes, a situação poderia estar pior, pois 14 presos foram liberados, recentemente. “Hoje temos conseguido manter uma população de presos provisórios proporcionalmente baixa para nossa falta de estrutura. É uma evolução, comparada aos anos passados”, conta. Uma das razões da superlotação é a demora nos julgamentos dos presos, muito agravada pela ausência de uma defensoria pública em Barreiras.
