A Polícia Civil investiga o espancamento de Newton Costa Silva, na madrugada desta segunda-feira (20) na Rocinha, na Zona Sul do Rio. Segundo uma testemunha disse ao G1, ele foi agredido por cerca de 30 pessoas, que o culparam pela agressão de três pessoas de uma família com uma barra de ferro. O bebê Enzo, de 1 ano e dez meses, está internado na UTI de um hospital pediátrico. Foram feridas também, com menos gravidade, a irmã dele e a mãe dos dois, Vanessa Leite dos Santos, que reconheceu o morto como o autor das agressões. A Divisão de Homicídios ainda apura a ligação entre os crimes. "Tinha uma roda com uns 30 moradores, dando chutes no rosto, no corpo dele, agredindo ele. Até falei para o pessoal levar ele para a delegacia, mas eles estavam revoltados. Demorou para que se acalmassem", afirma Carlos Eduardo Barbosa, líder comunitário da Rocinha. Segundo ele, as agressões ocorreram na localidade conhecida como Rua do Boiadeiro. "Eles [os moradores] diziam: 'Esse cara esfaqueou uma criança ali dentro", conta ele. Enzo passou nesta segunda por uma cirurgia na cabeça, após ter sido atingido por uma barra de ferro na têmpora direita, e seu estado até a noite desta segunda-feira (20) era considerado estável. Segundo os médicos, não era possível saber se a criança teria sequelas neurológicas. Marcas de agressão - O corpo de Newton tinha inúmeras marcas de perfuração, que podem ter sido feitas com vergalhões. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, o homem teve "múltiplos traumas". Ele foi encontrado por policiais e agentes do Corpo de Bombeiros com muitos ferimentos, amarrado a fios. Na tarde desta segunda-feira (20), a Divisão de Homicídios realizou diligências para investigar a morte de Newton. Segundo a Polícia Civil, a perícia de local foi realizada e os agentes buscam testemunhas e provas que possam auxiliar no caso. (G1)
