Corte impede integração do aluno na pesquisa científica

No início de julho o governo federal anunciou corte de 75% da verba do Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap), que custeia despesas, inclusive de participação de professores em bancas de mestrado e doutorado, diárias de alunos para participarem de congressos e cursos, conserto de equipamentos, entre outros custos. Esses cortes na educação superior comprometem todos os níveis de realização da investigação científica e impossibilita a continuidade dos projetos, especialmente os que estão em andamento. Além de prejudicar a integração dos alunos em pesquisa, inclusive na iniciação científica, o que vem a interferir no avanço da pesquisa e desenvolvimento tecnológico do país. A necessidade de readequação dos valores de custeio vale para todas as instituições de ensino superior do país (IES). Apesar do repasse dos 25% para o programa, as IES aguardam que novas liberações de recursos sejam feitas à medida que houver disponibilidade orçamentária para o semestre. De acordo com a pró-reitora de pesquisa, pós-graduação, criação e inovação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Rosineide Mubarack, a verba liberada até então compromete o funcionamento e desenvolvimento dos programas de pós. Na UFRB, por exemplo, no total, são 691 professores. Segundo a pró-reitora, uma das medidas realizadas foi o investimento de recursos próprios para a manutenção das atividades prioritárias, conforme plano de trabalho dos referidos programas de pós-graduação. CONTINUAR LENDO...
"Nosso objetivo é de garantir a continuidade dos cursos de mestrado e doutorado, que não têm nenhuma perspectiva de suspensão", afirma Mubarack. "É um absurdo que a educação não tenho tido um tratamento diferenciado nessa crise", observa o pró-reitor de pesquisa, pós-graduação e inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifba), Luiz Gustavo Duarte. Ele diz que a instituição, com 587 pesquisadores e 107 pesquisas em andamento, não será tão afetada porque oferta apenas cursos de pós-graduação na modalidade de especialização, assim como não há perspectiva de novos cursos. "O corte não gerou impacto direto na instituição. Também não houve impacto nos cursos de mestrado e doutorado ofertados pelo instituto, pois são realizados em parceria com outras instituições, as quais ficam responsáveis pela gestão orçamentária", conta Duarte. Mas para o professor e pesquisador Lucas Alves de Oliveira, o corte faz parte de um momento de fragilidade econômica e que é uma questão de tempo para a retomada dos investimentos. Segundo ele, o país se voltou mais para a pesquisa recentemente e as produções brasileiras passaram a ter mais qualidade e visibilidade. "Temos excelentes pesquisadores. Esse corte vai balançar, mas não vai reduzir o quantitativo de pesquisas. Só evoluímos nos últimos anos".

Atenção: os artigos deste portal não são de nossa autoria e responsabilidade.
Nós não produzimos e nem escrevemos esse artigo qual você esta lendo.

Entenda: nosso site utiliza uma tecnologia de indexação, assim como o 'Google News', incorporando de forma automática as notícias de Jacobina e Região.
Nossa proposta é preservar a história de Jacobina através da preservação dos artigos/relatos/histórias produzidas na internet. Também utilizamos a nossa plataforma para combater a desinformação nas redes (FakeNews).

Confira a postagem original deste artigo em: http://www.jacobinanews.com/

Em conformidade com às disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) e às demais normas vigentes aplicáveis, respeitando os princípios legais, nosso site não armazena dados pessoais, somente utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência de navegação.