Bebês nascidos durante períodos de crise econômica podem ter a saúde prejudicada, aponta pesquisa desenvolvida pela Copenhagen Business School, com base em dados coletados durante o colapso econômico na Islândia, ocorrido em 2008. O estudo foi apresentado este mês durante o congresso anual da Associação Econômica Europeia, realizado na cidade de Mannheim, na Alemanha. Segundo informações do jornal britânico The Guardian, um dos fatores centrais associados aos prejuízos à saúde dos nascidos em períodos de recessão é o consumo de fumo e a bebida durante a gravidez. De acordo o estudo, capitaneado pelo professor Arna Vardardottir, o peso dos bebês de três meses nascidos durante a crise, coletado no registro nacional de nascimentos do país, indica que as crianças pesavam 120g a menos que a média após o parto e cerca de 3,5% tenderam ao baixo peso, além de serem mais suscetíveis a doenças neonatais. “Meus resultados sugerem grandes perdas causadas pelas crises financeiras que anteriormente eram ignoradas: crianças com pior condição de saúde no nascimento podem ganhar substancialmente menos ao longo da vida e famílias de baixa renda são mais propensas a viver problemas financeiros”, afirmou Vardardottir, ao Guardian.
