Um dia após a Ford dar início a demissões de operários na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), funcionários da unidade deflagraram greve por tempo indeterminado a partir de ontem quinta-feira, 10. A paralisação foi aprovada pelos trabalhadores, por unanimidade, durante assembleia no início da manhã na porta da fábrica, onde a empresa produz o New Fiesta e veículos pesados. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, toda a produção deve seguir suspensa. A montadora confirmou a paralisação. A greve na Ford é pelo menos a décima deflagrada por metalúrgicos em montadoras do País desde o início do ano. Só em agosto, operários da Mercedes-Benz em São Bernardo, da Volkswagen em Taubaté (SP) e da General Motors em São José dos Campos (SP) cruzaram os braços contra anúncios de demissões, algumas das quais acabaram revogadas, como na Mercedes. Entre janeiro e julho, funcionários da Mitsubishi em Catalão (GO), da Volvo em Curitiba (PR), da Chery em Jacareí (SP), da GM em São José e da Volks e da Mercedes em São Bernardo também já tinham parado.

