Núbia Óliiver, 41 anos, passou meses sem se levantar da cama, emagreceu a ponto de voltar a usar manequim 36 e deixou de frequentar a academia, uma de suas paixões. "Cheguei a pensar em suicídio, mas olhava para minha filha e isso me dava forças para continuar", diz ela, referindo-se a Anne, de 11 anos. "Se eu não tivesse ninguém, pularia da janela. Eu não comia nada", completa. O que desencadeou a depressão de Núbia foi falta da medicação que ela tomava há dois anos. "Deixei de tomar por conta própria porque achei que estava bem", analisa ela, que posou para o EGO na casa noturna Astronete, localizada na região do Baixo Augusta, em São Paulo. Durante o papo, Núbia relembrou que já teve mais de 400 homens. 'Não pretendo parar até eu me casar, quero continuar beijando na boca!", diverte-se. Novamente medicada depois de procurar um novo psiquiatra, Núbia já se sente melhor, mas sabe que a batalha é permanente. "É a primeira semana que estou levantando da cama e indo para a academia. Para quem estava na cama, dar os primeiros passos, como sair para jantar, ir ao cinema ou posar para um ensaio assim já é uma vitória", diz ela. " As pessoas me diziam muito que sou linda e bem sucedida, que não era para ficar deprimida. Graças a Deus sei disso tudo, mas sofro da doença, não é 'frescura' como dizem por aí. E sei que me tornei refém do remédio para o resto da vida."

