Após chegar a bater R$ 3,90 durante o pregão, o dólar reduziu a alta sobre o real ontem quinta-feira (17), após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidir manter a taxa de juros inalteradade zero, mas terminou o dia renovando máximas desde 2002, com investidores ainda sob a pressão dos temores com a cena política e econômica local conturbada. A moeda norte-americana subiu 1,25%, cotada a R$ 3,8822. Na máxima do dia, a divisa chegou a R$ 3,9092. Veja a cotação. No ano, até então, a maior cotação de fechamento tinha sido registrada no dia 11, quando o dólar terminou a sessão a R$ 3,8771. Em outubro de 2002, o dólar atingiu seus recordes intradia e de fechamento, de R$ 4 e R$ 3,99, respectivamente, segundo a Reuters. No mês, a moeda acumula alta de 7%. Já no ano, a valorização e de 46%. O BC dos EUA justificou a decisão de manter a taxa básica de juros do país próxima a zero, citando a existência de riscos globais que podem frear a economia. A possível alta dos juros seria a primeira no país em quase uma década e era amplamente aguardada pelo mercado. Um aumento dos juros na maior economia do mundo poderia, em tese, atrair para aquele paíss parte dos recursos aplicados em mercados como o Brasil, amplificando o efeito das incertezas locais. "Manter os juros favorece emergentes, mas o motivo por trás da decisão é negativo", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. (Globo)