O dólar comercial teve a terceira alta seguida ontem segunda-feira (21), de 0,57%, e fechou a R$ 3,981 na venda. É o segundo maior valor atingido pelo dólar desde o início do real, sendo superado apenas pelo dia 10 de outubro de 2002, quando a moeda norte-americana encerrou na máxima histórica de R$ 3,99. Durante o dia, o dólar chegou a atingir R$ 3,999, perto do recorde de R$ 4 atingido durante a sessão. Na sexta-feira (18), o dólar subiu 1,96%, fechando a semana com alta acumulada de 2,09%. O valor do dólar varia de acordo com a fonte de informação utilizada. O UOL Economia usa a agência de notícias Reuters. Além disso, esse valor se refere ao câmbio comercial, que é sempre menor do que o valor para turistas. Nas casas de câmbio de São Paulo, o dólar já é vendido a R$ 4,46. Os investidores estavam preocupados com as contas públicas brasileiras e com a eventual perda do selo de bom pagador por uma segunda agência de classificação de risco. Há duas semanas, a agência Standard & Poor's (S&P) cortou a nota do Brasil, retirando o chamado "grau de investimento". O país ainda mantém a nota de bom pagador de acordo com as outras duas principais agências: Fitch e Moody's. Nesta semana, haverá votações no Congresso de medidas importantes para o ajuste das contas públicas. Declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliviaram um pouco a alta do dólar. Cunha disse que o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário não deveria ser derrubado, pesando menos nas despesas do governo. O dólar subiu mesmo após o Banco Central anunciar nova intervenção no mercado de câmbio.
