Ministro Edinho Silva diz que Dilma sofre críticas intolerantes e machistas

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, foi o convidado do programa "Mariana Godoy Entrevista" da última sexta-feira (25). O ministro disse que é contra o financiamento privado de campanhas políticas e acredita que muitas críticas feitas contra a presidente Dilma são produto da intolerância e do machismo. Mariana quis saber se a convocação do ex-presidente Lula para ser ouvido sobre denúncias na Operação Lava Jato teria algum problema, algo que Edinho refutou. "Ele foi convidado como testemunha, não como investigado. Não há nenhum motivo para ele ser investigado", afirmou o ministro. Citado na Operação Lava Jato pelo dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, Edinho disse que, quando entrou na campanha da presidente Dilma, sua função era "blindar" a campanha no meio de tantas denúncias. "No final da campanha, eu entrei no processo de aprovação de contas, todas as contas da presidente Dilma foram auditadas e aprovadas por unanimidade. Desta forma, por que esse empresário me cita? Ele estava em processo de delação premiada e precisava oferecer ao Ministério Público algo que pudesse amenizar sua pena. Eu, pessoalmente, nunca entendi essa declaração. Eu li a declaração e não entendi (…) Eu conversei com dezenas de empresários e nenhum tem questionamento com relação a minha postura (…) Quem mais deseja que este processo seja esclarecido sou eu mesmo", afirmou. O jornalista Mauro Tagliaferri quis saber como são feitas as negociações de arrecadação de fundos para as campanhas. "A minha forma de arrecadação era defender o que já havia sido feito e se um empresário quisesse que as coisas continuassem teria que doar", disse o ministro. Segundo Edinho, o empresário Ricardo Pessoa também doou para outras campanhas. Sobre o financiamento privado, Edinho disse que é contra. "Se você pegar as minhas declaração, desde antes de ser ministro, você vai ver que eu sou contra", afirmou. CONTINUAR LENDO...

O ministro disse que não está preocupado com a prisão do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e disse que "todos os acusados têm o direito de se defender". "Espero que todo o processo de denúncias que o Brasil vive hoje possa ser transparente", definiu. "Nunca no Brasil as instituições que investigam tiveram tanta autonomia para fazer seu trabalho". Segundo Edinho, desde o governo Lula, nunca se investiu tanto nos órgãos investigadores do país. "O importante é que as denúncias sejam apuradas e aqueles que cometeram erros sejam julgados e as instituições se fortaleçam", afirmou. Sobre o fatiamento da Operação Lava Jato, o ministro disse que, como sua formação não é jurídica, ele acredita que a decisão deva ser cumprida. Já sobre o ajuste fiscal, Edinho disse que não é possível saber se o projeto será aprovado ou não, já que nem foi discutido. Sobre o anúncio da reforma ministerial e os acordos feitos para ministérios, Edinho disse que é uma tradição o diálogo político, os acordos. "Não existe chantagem. O que temos que entender: a Constituição de 1988 criou um modelo presidencialista que é híbrido, é quase um parlamentarismo. Nós somos presidencialistas, mas o Congresso tem muita força. É impossível governar sem dialogar com o Congresso Nacional". Segundo o ministro, o objetivo deste diálogo é favorecer os interesses da sociedade.
O ministro afirmou que o humor da presidente Dilma não está abalado, mesmo com as críticas. "Acho natural que as críticas ocorram, mas não concordo com a intolerância, com o machismo. Duvido que se fosse um homem sentado na presidência iria sofrer o que ela está sofrendo", afirmou. Edinho disse que a "economia não é uma ilha" e citou exemplos de outros países que também esperam fechar as contas em vermelho para explicar que a situação brasileira está longe de uma "crise profunda". "O governo está tomando medidas para que o Brasil supere essa crise", disse. Sobre as 'pedaladas fiscais', o ministro disse que o Tribunal de Contas União deve opinar de acordo com a jurisprudência, e, para Edinho, a jurisprudência mostra que não há irregularidades nas contas do governo. "Acredito que iremos superar este momento. Mesmo que o TCU não dê um parecer positivo, quem aprovará as contas é o Congresso. Então não podemos nos desesperar neste momento". Edinho, que foi jogador de futebol da Ferroviária de Araraquara (SP), é corintiano e teve a promessa de Mariana Godoy de que receberá uma camisa da equipe paulista de presente. A jornalista se comprometeu a enviar o presente a Brasília e teve a promessa do ministro de que entrevistará a presidente Dilma Rousseff. Outro entrevistado do programa foi o ator Zé Carlos Machado, que recentemente fez muito sucesso na pele do Faraó Seti I no grande sucesso 'Os Dez Mandamentos' da TV Record. Zé Carlos começou a entrevista declamando um poema que mostra a sua insatisfação com a situação que o país atravessa e foi enfático ao final da declamação: 'o país precisa mudar'. O ator falou da intensa preparação para viver um faraó egípcio na teledramaturgia, haja vista que seu conhecimento, e o da maioria dos brasileiros, é superficial e proveniente das aulas durante os anos escolares. Zé Carlos afirmou que se debruçou em livros e ficou fascinado com a cultura do Egito Antigo.
Ele ainda fez questão de ressaltar as heranças deixadas pelos egípcios para as civilizações que os sucederam. Algumas dessas heranças estariam na sociedade ainda nos dias de hoje em ritos religiosos, na política, na economia, na atuação militar. O ator ainda brincou com um dos hábitos egípcios que visava a higiene: 'é uma delícia ficar careca'. Sobre a difícil cena da mumificarão do faraó Seti I, Zé Carlos ponderou: ' A mumificarão é um processo também divino para os faraós. Era para preservar o corpo para a passagem para a vida eterna'. Sobre estar em uma produção épica, o ator não pensou duas vezes: 'foi a possibilidade de fazer um projeto muito raro'. Ainda sobre a trama, afirmou: 'a estrutura dos Dez Mandamentos é mantida na obra e tem uma licença poética para desenvolver uma novela'. Zé Carlos Machado está envolvido em dois projetos cinematográficos. Um deles é o que conta a história da cantora Elis Regina, em que ele vive Romeu Costa, o pai da artista. Corintiano, o ator recebeu uma camisa autografada do meia Jadson, do Corinthians e, bastante feliz com o presente, soltou uma expressão comumente usada pelos torcedores do alvinegro: 'é nóis na fita'. O atleta corintiano fez uma pergunta ao ator. Quis saber se é mais fácil representar um vilão ou um mocinho. Zé Carlos respondeu: 'não existe papel fácil. Cada papel exige determinado tom, determinado registro, determinada pulsação, energia, entendimento. O vilão não deixa de ser fascinante, porque você trabalha com entranhas mais complexas, exige mais do ator'. (Uol)Carlos e Mariana Godoy terminaram a entrevista declamando o poema 'Meus Oito Anos', parte da coletânea 'As Primaveras' de Casimiro de Abreu.

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