O secretário da Fazenda de Salvador, Paulo Souto, responsabilizou a crise econômica brasileira pelo aumento da inadimplência do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e também pela queda de 25% na arrecadação do Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITIV), de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O secretário apresentou o relatório fiscal do segundo quadrimestre de 2015, que apontou uma queda real (descontada a inflação) de 2,68% no total das receitas do Município. De acordo com Souto, dos contribuintes que não optaram pela cota única e resolveram parcelar o IPTU, 7 mil não haviam pago o tributo em janeiro. Em agosto, o número de inadimplentes foi de 25 mil. "Estamos falando de gente que tem o hábito de pagar", disse o secretário. Sobre o ITIV, o titular da Fazenda municipal disse que, em meio à crise, "ninguém faz lançamento novo" no mercado imobiliário. "O lançamento de novas unidades está mais ligado a questões macro do que à inexistência do parcelamento do ITIV", afirmou Souto. Sobre a proposta enviada pelo Executivo à Câmara, para parcelamento do ITIV, o secretário afirmou que a medida era "um estímulo a mais" em um cenário de crise econômica. Mesmo dizendo que gostaria de evitar a "politização" do assunto, Souto terminou entrando em discussão recente entre o governador Rui Costa e o prefeito de Salvador, ACM Neto. Na última semana, durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), Rui afirmou que o setor foi prejudicado com reajustes feitos por Neto no IPTU e a cobrança do ITIV em imóveis ainda na planta. "Muito tem se comentado sobre aumento de IPTU. A prefeitura não aumentou imposto, não elevou a alíquota do IPTU.

