A atividade física tem muitos benefícios, um deles sendo as alterações no metabolismo - as transformações químicas que organizam a produção e consumo de energia no organismo.Pesquisas buscam hoje criar drogas capazes de reproduzir esses efeitos para criar uma eventual 'pílula do exercício'. Será essa a solução para curar os males do sedentarismo? Segundo reportagem do G1, um estudo que revisou diversas linhas de pesquisa concluiu que esse objetivo ainda é um sonho distante, e um fármaco que tenha essa função provavelmente seria limitado comparado ao exercício real. A ambição de produzir uma droga com essas características, porém, é realista, e poderia ajudar a melhorar a saúde de pessoas incapazes de praticar exercícios. “O estilo de vida sedentário, a falta de exercícios físicos e a inatividade prolongada certamente aumentam doenças crônicas como obesidade, diabetes tipo 2 e cardiopatias”, afirma o farmacólogo Ismael Laher, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), no trabalho escrito com seu colega Shunchang Li. O estudo, publicado ontem pela revista “Trends in Pharmacological Sciences”, avalia oito drogas que já estão em fase de testes com animais para avaliação de seu efeito em reações químicas metabólicas ligadas à atividade física. Porém, é improvável, diz o pesquisador, que uma pílula do exercício supere os benefícios reais do combate ao sedentarismo, mas isso não significa que ela não venha a ser útil.