Três vereadores de Luis Eduardo Magalhães (LEM), na Bacia do Rio Grande, extremo oeste, acusam o prefeito Humberto Santa Cruz (PP) de fraude e loteamento da prefeitura em benefício de uma empresa. A companhia estaria ligada a ex-funcionários da fazenda de Santa Cruz, a Agronol. De acordo com Sidnei Antonio Giachini, que é do mesmo partido do prefeito, mas disse ter rompido com o gestor, as irregularidades se dão entre a administração local e a Soluções Manutenção Predial Eireli - ME, associada à família Callegari, que teria já auferido cerca de R$ 4 milhões em contratos desde quando começou a prestar serviços para a prefeitura de LEM, em 2010. Na denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal de Barreiras, Giachini diz que a prefeitura pagou, em licitações irregulares, à empresa em torno de R$ 424, 2 mil. O dinheiro seria pago com recursos do Fundeb [Fundo para Educação Básica] para reformas de escolas da rede municipal. "A prefeitura abriu em um pequeno espaço de tempo seis licitações para beneficiar a mesma empresa", disse Sidnei em entrevista ao Bahia Notícias. O edil ainda acrescenta que a gestão de Humberto Santa Cruz faz uso “indiscriminado da modalidade convite nas licitações”, expedidos na maioria das vezes para as mesmas empresas. Junto com outros colegas de casa, como os vereadores Lidia Katerine (PSD) e Claudionor Machado (PDT), Sidnei precisa de cinco votos, dos 15 da Casa, para abrir uma comissão de inquérito para investigar o caso. Segundo ele, até o momento, a prefeitura não se pronunciou sobre o caso. "Ninguém fala nada a respeito disso. Aqui a gente faz denúncia e fica ao léu", declarou o vereador. (BN)
