A inflação voltou a ser uma grande preocupação para os brasileiros. Agora, a população vai enfrentar mais uma alta no fim de 2015, dos medicamentos. As informações são da Folha de S. Paulo. De maneira geral, os reajustes se concentram em abril, quando o governo federal libera os aumentos. No entanto, com a crise do Brasil, essa alta chegará antes. Segundo a indústria farmacêutica, o principal motivo é a pressão de custos, como energia e água, e o valor do dólar. A reportagem do jornal conversou com diretores de indústrias, que revelaram que já cortaram o desconto que era oferecido a distribuidores e varejistas. "Nos próximos 60 dias você vai ver que os descontos na porta da farmácia devem desaparecer. A conta vai para o bolso do contribuinte", disse Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, sindicato que concentra as principais farmacêuticas do país. Esses descontos vinham da concorrência entre empresas. Entretanto, esse é um procedimento que foi deixado de lado por conta da crise. Pedro Bernardo, diretor da Interfarma, associação de multinacionais, explica que quase 90% dos princípios ativos usados são importados. "Quando o câmbio era favorável, a indústria adotava uma política agressiva de descontos porque a competição era muito forte. Enquanto o câmbio estiver neste patamar alto, é legítimo que a indústria vá ao distribuidor negociar e reduzir esse desconto", afirmou.

