Alta do dólar e crise ameaçam futuro da pesquisa de células-tronco da Fiocruz

Em 2010, a analista financeira Andréa Damásio pisou em falso na escada de casa e terminou caindo para fora da estrutura. O impacto fez com que ela tivesse uma lesão grave de coluna e perdesse os movimentos e a sensibilidade da cintura para baixo. Em 2012, Andréa, que é do Rio de Janeiro, veio para Salvador para participar de uma das etapas da pesquisa de transplantes de células-tronco realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) em parceria com o Hospital São Rafael. O futuro dessa pesquisa - que é uma esperança para inúmeras pessoas que sofreram lesões na medula espinhal e que pode se transformar numa terapêutica capaz de reverter quadros de paralisia parcial ou total - está comprometido com a crise financeira do país. A pesquisadora da Fiocruz Milena Soares é enfática em afirmar que os projetos dependem da aquisição de grande quantidade de insumos e equipamentos importados, que foram orçados com o dólar a R$1,90. “Hoje, beirando os R$ 4, chegamos a reduzir em 50% a nossa capacidade de adquirir esses insumos e equipamentos que são fundamentais para execução dos projetos”, afirma, ressaltando que não há uma correção desses valores para o projeto. “Aliado a isso, muitas vezes, os recursos que dispomos têm liberação atrasada”, completa. Com uma postura parecida, o médico e pesquisador Ricardo Ribeiro destaca que o custo de uma terapia com células-tronco varia de acordo com o protocolo de preparo das células e de tratamento dos pacientes. “Os nossos estudos foram e estão sendo realizados graças à parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz e o Hospital São Rafael, uma instituição privada sem fins lucrativos, que investiu recursos próprios para estruturar e manter em funcionamento um centro de biotecnologia e terapia celular onde podem ser desenvolvidas pesquisas básicas e translacionais na área de medicina regenerativa”, diz.

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