Pesquisadores do hospital Suny Downstate Medical Center e da Universidade do Estado de Arizona, nos Estados Unidos, publicaram o primeiro estudo para avaliar os níveis de parabeno substância antibacteriana usada como conservante em cosméticos e outros produtos em amostras de sangue do cordão umbilical. Os estudiosos descobriram que parte das gestantes do bairro do Brooklyn, no subúrbio de Nova York, tinham o mais alto nível de concentração de metilparabeno e propilparabeno tipos mais comuns do elemento do mundo. Os resultados foram publicados na revista "Environment International". O artigo observa que os parabenos são usados há décadas e, quando nos níveis recomendados, são "geralmente reconhecidos como seguro" pelo FDA (Food and Drug Administration), departamento de saúde dos Estados Unidos, e pela União Europeia. No entanto, a substância tem potencial de afetar os hormônios durante o desenvolvimento do feto, prejudicando não só a saúde do bebê, mas também a da gestante. Os autores ressaltam que estudos recentes comprovaram que os parabenos afetavam o desenvolvimento, principalmente, dos fetos e das crianças até um ano de idade --período em que o organismo ainda é imaturo. De acordo com a professora e coautora do estudo Laura A. Geer, os parabenos passam de mãe para filho por meio do cordão umbilical, o que é potencialmente perigoso. Pesquisa realizada com animais mostrou que a substância pode provocar distúrbios do desenvolvimento e desregulação endócrina. No entanto, para Laura, ainda é muito cedo para saber se esses mesmos efeitos podem ocorrer em humanos e, em caso afirmativo, quais níveis de exposição aos parabenos poderiam provocar esses distúrbios.
